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Balança comercial chinesa e PIB do Japão menores que o esperado >>> LEIA MAIS >>>
As bolsas asiáticas fecharam em baixa generalizada nesta segunda-feira, após mais um tombo nos mercados de Nova York e na esteira de dados bem mais fracos do que se previa da balança comercial chinesa.
Na sexta-feira (07), as bolsas americanas tiveram mais uma rodada de fortes perdas, que variaram de 2,2% a 3%, em meio a preocupações com o andamento do diálogo comercial entre Washington e Pequim e temores de que o crescimento da economia mundial - em especial, dos Estados Unidos - desacelere.
No fim de semana, dados oficiais mostraram que a disputa comercial entre EUA e China está prejudicando o comércio do gigante asiático. Em novembro, tanto as exportações quanto as importações chinesas subiram bem menos do que o esperado, com ganhos anuais de 5,4% e 3%, respectivamente.
Também foram divulgados indicadores de inflação da China. A taxa anual de inflação ao consumidor diminuiu de 2,5% em outubro a 2,2% em novembro, enquanto a inflação ao produtor foi de 3,3% a 2,7% na mesma comparação.
Principal índice acionário chinês, o Xangai Composto terminou o pregão de hoje em baixa de 0,82%, a 2.584,58 pontos, enquanto o menos abrangente Shenzhen Composto recuou, 1,35%, a 1.332,53 pontos. Em Hong Kong, o Hang Seng caiu 1,19%, a 25.752,38 pontos.
Mas foi o Nikkei que liderou as perdas na Ásia, com queda de 2,12% em Tóquio, a 21.219,50 pontos, após a divulgação de números decepcionantes do Produto Interno Bruto (PIB) do Japão. Em Seul, o sul-coreano Kospi caiu 1,06%, a 2.053,79 pontos, e em Taiwan, o Taiex registrou baixa de 1,16%, a 9.647,54 pontos, atingindo o menor nível em seis semanas.
O Índice de Preços ao Consumidor - Semanal (IPC-S) caiu 0,06% na primeira quadrissemana de dezembro, após queda de 0,17% na última medição de novembro, revelou há pouco a Fundação Getulio Vargas (FGV).
No período, cinco das oito classes de despesa que compõem o índice registraram acréscimo em suas taxas de variação, com destaque para Habitação (-0,94% para -0,61%), cujo item tarifa de energia elétrica residencial acelerou de -5,98% para 4,73%.
Ainda registraram acréscimos os grupos: Educação, Leitura e Recreação (de 0,40% para 0,83%), Alimentação (de 0,41% para 0,52%), Vestuário (de 0,11% para 0,33%) e Despesas Diversas (de 0,16% para 0,25%). "Nestas classes de despesa, vale destacar o comportamento dos itens: passagem aérea (de 9,13% para 16,56%), refrigerantes e água mineral (de 0,44% para 1,50%), acessórios para vestuário (de 0,50% para 1,29%) e tarifa postal (de 4,28% para 5,64%)", aponta a FGV em nota.
Por outro lado, houve queda mais intensa no grupo Transportes (de -0,57% para -0,81%); desaceleração em Saúde e Cuidados Pessoais (de 0,09% para 0,03%) e Comunicação (de 0,18% para 0,12%). Aceleraram a queda ainda as taxas em gasolina (de -2,90% para -4,09%) e artigos de higiene e cuidado pessoal (de -1,14% para -1,28%). Ja pacotes de telefonia fixa e internet tiveram arrefecimento na alta (de 0,78% para 0,52%).
À espera da última reunião de política monetária do Banco Central no ano, marcada para amanhã e quarta-feira, os economistas do mercado financeiro mantiveram suas projeções para a Selic (a taxa básica) para o fim de 2018.
O Relatório de Mercado Focus trouxe hoje que a mediana das previsões para a Selic este ano seguiu em 6,50% ao ano. Há um mês, estava no mesmo patamar. Já a projeção para a Selic no fim do próximo ano foi de 7,75% para 7,50% ao ano, ante 8,00% ao ano de quatro semanas atrás.
No caso de 2020, a projeção para a Selic seguiu em 8,00% e, para 2021, permaneceu também em 8,00%. Há um mês, os porcentuais projetados eram de 8,00% para 2020 e para 2021.
No fim de outubro, o Comitê de Política Monetária (Copom) anunciou a manutenção, pela quinta vez consecutiva, da Selic em 6,50% ao ano. Ao mesmo tempo, o BC indicou que os próximos passos da política monetária continuarão dependendo da atividade, das projeções de inflação e do balanço de risco.
Ao abordar seu cenário básico, a instituição citou três riscos para a inflação brasileira. De um lado, a ociosidade da economia, que pode provocar baixa de preços. De outro, a possibilidade de as reformas não caminharem e o cenário externo mais desfavorável aos países emergentes, o que pode impulsionar a inflação. Em documentos anteriores, o BC vinha alertando que os riscos ligados às reformas e ao exterior eram maiores que aquele ligado à atividade econômica. Ou seja, o risco de os preços subirem era superior ao de eles caírem ou continuarem baixos. A instituição afirmou, porém, que essa "assimetria" diminuiu.
Para o grupo dos analistas consultados que mais acertam as projeções (Top 5) de médio prazo, a mediana da taxa básica em 2018 seguiu em 6,50% ao ano, igual ao verificado um mês antes. No caso de 2019, a projeção do Top 5 para a Selic foi de 7,00% para 7,25%, ante 7,50% de quatro semanas atrás. No caso de 2020, seguiu em 8,00% e, para 2021, permaneceu em 8,00%. Há um mês, estavam em 8,25% para 2020 em 8,00% para 2021.
Após o ministro Luiz Fux, do STF, suspender a aplicação de multas geradas pelo descumprimento da tabela que fixou preços mínimos de frete, caminhoneiros no Rio de Janeiro e em São Paulo realizam protestos na manhã desta segunda, 10.
No Rio, o protesto ocorre na rodovia Presidente Dutra, na altura de Barra Mansa. Em São Paulo, na região de Pindamonhangaba. O acesso ao Porto de Santos também está bloqueado nesta manhã, segundo a rádio CBN.
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Tivemos perda de 89.600 e posteriormente 88.520, projetando a média móvel e a LTA destacada em azul como testes, dentro de uma tendência de alta preservada, pelo menos até esse momento.
A média e a LTA supra citadas continuam como pisos imediatos e poderão ser testadas sem mudança de cenário, desde que respeitadas.
A abertura dessa segunda-feira deverá ser negativa, refletindo um cenário de queda no exterior.
De forma antagônica ao mais óbvio e provável, penso que poderemos ter recuperação e fechamento positivo, pois o mercado futuro mostrou resiliência frente aos soluços externos desde o início dos negócios.
Desejo uma ótima semana.
Sucesso!
Wagner Caetano, para o Cartezyan
Diretor da TopTraders
contato@toptraders.com.br
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