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Banco Central sinaliza que corta a Selic, mesmo com dólar forte >>> LEIA MAIS >>>
As principais bolsas da Ásia e do Pacífico fecharam em leve baixa nesta quarta-feira, mas o setor de energia impulsionou alguns mercados da região, à medida que as cotações do petróleo saltaram em torno de 3% durante a madrugada em reação à decisão ontem do presidente dos EUA, Donald Trump, de retirar Washington do acordo nuclear com o Irã e restabelecer sanções econômicas a Teerã.
Na China, os principais índices acionários tiveram perdas marginais, após subirem com vigor nos dois pregões anteriores. O Xangai Composto caiu 0,07% hoje, a 3.159,15 pontos, e o menos abrangente Shenzhen Composto, que é em boa parte formado por startups, recuou 0,09%, a 1.834,56 pontos.
As ações financeiras em Xangai ficaram particularmente pressionadas, depois que o banco central chinês (PBoC) retirou 100 bilhões de yuans (US$ 15,7 bilhões) líquidos do sistema financeiro.
Segundo analistas, vários investidores decidiram ficar à margem dos negócios após a decisão de Trump sobre o Irã, mas há também incertezas em relação às desavenças comerciais entre EUA e China. O principal assessor econômico do governo chinês, Liu He, irá visitar os EUA num momento "apropriado" para retomar o diálogo comercial com Washington. Na semana passada, uma delegação de autoridades dos EUA deixou a China sem aparentes avanços nas discussões comerciais com Pequim.
Em Tóquio, o Nikkei caiu 0,44%, a 22.408,88 pontos, prejudicado por ações de grupos farmacêuticos que divulgaram balanços mais fracos do que o esperado. A Toyota, por outro lado, teve lucro acima das expectativas no ano fiscal encerrado em março e a ação da montadora japonesa fechou em alta de 3,76%.
Os futuros de cobre operam sem direção única, com o contrato em Londres ainda pressionado pela tendência de valorização do dólar.
Por volta das 9h15 (de Brasília), o cobre para três meses negociado na London Metal Exchange (LME) caía 0,40%, a US$ 6.787,00 por tonelada.
Já na Comex, a divisão de metais da bolsa mercantil de Nova York (Nymex), o cobre para entrega em julho tinha ligeira alta de 0,10%, a US$ 3.0620 por libra-peso.
Ainda que o índice DXY do dólar esteja operando perto da estabilidade nos negócios da manhã, após atingir ontem o maior nível desde dezembro do ano passado, a moeda dos EUA se fortalece em relação a outras divisas fortes, como o iene, o euro e a libra.
De modo geral, o dólar forte torna o cobre menos atraente para investidores que utilizam outras moedas.
Entre outros metais básicos na LME, o alumínio subia 0,15% no horário indicado acima, a US$ 2.358,00 por tonelada, enquanto o zinco avançava 0,16%, a US$ 3.080,00 por tonelada, o níquel recuava 0,47%, a US$ 13.845,00 por tonelada, o estanho se mantinha estável, a US$ 21.050,00 por tonelada, e o estanho diminuía 0,31%, a US$ 2.287,00 por tonelada.
Os preços do petróleo subiram para a máxima em três anos e meio nesta quarta-feira, depois que o presidente dos EUA, Donald Trump, retirou os EUA do acordo nuclear do Irã, gerando novas sanções econômicas que podem reduzir a oferta de petróleo no mercado.
Às 9h19 (de Brasília), o barril do Brent para julho subia 2,82% na ICE, a US$ 76,96, enquanto o do WTI para junho avançava 2,68% na Nymex, a US$ 70,91.
A uma semana da decisão do Copom, o mercado de juros deve fazer uma correção de rota, que deve se traduzir em recuo das taxas, após o presidente do Banco Central, Ilan Goldfajn, ter sinalizado ontem que a intenção de cortar a Selic este mês está mantida, mesmo com a escalada do dólar.
Ilan disse ontem, em entrevista à GloboNews, que o principal ponto de atenção da instituição é a inflação e que o avanço do dólar "é uma subida normal" em relação ao resto do mundo e não uma questão do Brasil.
Nos últimos dias, por causa do dólar, a precificação de um corte de 0,25 ponto porcentual da Selic na semana que vem, para 6,25%, vinha diminuindo significativamente, estando ontem à tarde em 55%, ao mesmo tempo que crescia a possibilidade de manutenção da taxa básica de juro. Essa precificação de corte chegou a 94% no dia 20 de abril.
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Ursos e touros mediram forças na sessão de ontem, com a formação de um candle de indecisão sobre uma região de importante suporte, o qual gerou movimentos de pressão compradora por três vezes nas últimas semanas.
Assim sendo o pregão dessa quarta-feira será decisivo, no sentido de negar ou confirmar a sinalização da véspera.
Bons negócios!
Wagner Caetano, para o Cartezyan
Diretor da TopTraders
contato@toptraders.com.br
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