Bom dia investidor!
Bolsas asiáticas fecharam em baixa.
China -0,42% e Japão -0,76%.
Europa opera em queda.
Londres -0,67%; Frankfurt -0,52%; Paris -0,47%.
Na semana marcada por uma nova rodada de reuniões de política monetária nos Estados Unidos e no Japão, o mercado financeiro iniciou os negócios nesta segunda-feira pressionado.
A cautela dos investidores atinge especialmente papéis ligados às matérias-primas.
Ações de mineradoras e petroleiras estão, mais uma vez, entres os ativos com maiores perdas.
O juro nos EUA tem sido a principal referência dos fluxos do mercado global nos últimos meses.
Caso haja sinal de que a taxa pode subir com mais rapidez, a tendência é que o dólar volte a se fortalecer diante das demais moedas e haja busca por papéis de renda fixa nos EUA.
Caso a sinalização do Fed aponte para alta mais gradual, haverá fôlego renovado para a renda variável e moedas emergentes.
Horas depois do Fed será a vez de o Banco do Japão (BoJ, na sigla em inglês) anunciar decisão de política monetária.
Enquanto cresce a cautela pela política monetária, o setor ligado às commodities é o que mais sofre no mercado acionário europeu.
O sinal de que a Austrália deve impor tributação antidumping contra o aço da China reforça o movimento, já que a decisão pode diminuir a demanda por aço chinês e, consequentemente, reduzir a demanda por minério do país asiático.
Às 7h50 no horário de Brasília, as ações da mineradora Anglo American amargavam um dos piores desempenhos em toda a Europa, com queda de 6,06% na Bolsa de Londres. Entre outros papéis do setor estão BHP Billiton, com recuo de 4,8%, Rio Tinto com perdas de 3,15% e Antofagasta com desvalorização de 1,9%.
Os futuros de petróleo operam em baixa em Londres e Nova York nesta manhã, após o fechamento negativo das bolsas na Ásia e em meio à fraqueza do petróleo.
Por volta das 7h20 (de Brasília), o cobre para três meses negociado na London Metal Exchange (LME) caía 1%, a US$ 4.982,00 por tonelada.
Na Comex, a divisão de metais da bolsa mercantil de Nova York (Nymex), o cobre para maio tinha queda de 0,55%, a US$ 2,2520 por libra-peso, às 7h41 (de Brasília).
Em dia de agenda fraca, os mercados domésticos olham hoje a votação da composição da comissão especial do impeachment da presidente Dilma Rousseff no Senado ao mesmo tempo em que seguem antenados na configuração de um possível governo de Michel Temer.
O vice-presidente passou o feriado prolongado em reuniões com alguns dos nomes que poderiam compor sua equipe.
Um deles é o ex-presidente do Banco Central Henrique Meirelles, que estaria sendo cogitado para a Fazenda. Meirelles, no entanto, disse que não recebeu nenhum convite oficial, mas afirmou que está disposto a aconselhar Temer, como sempre fez.
O senador tucano José Serra, por sua vez, defendeu a participação do PSDB num eventual governo Temer e se encontrou com o peemedebista no domingo. Dirigentes do PSDB querem impedir integrantes do partido de ocuparem cargos no primeiro escalão, mas avaliam abrir uma exceção para Serra.
Também ontem, o presidente da Fiesp, Paulo Skaf, também cotado para assumir algum ministério, esteve no Palácio do Jaburu e saiu de lá dizendo que Temer concorda com ele de que não é preciso aumentar impostos para fechar as contas públicas.
Do lado do Planalto, o governo pretende recorrer ao Supremo Tribunal Federal (STF) para pedir a nulidade do processo logo que a comissão aprove o afastamento da presidente, cuja votação está prevista para 12 de maio.
Tendência de longo prazo. Clique para ampliar.
O gráfico diário do Ibovespa mostra que, na semana anterior, o benchmark sentiu uma linha de tendência de baixa de médio prazo, que derrubou os preços em setembro de 2014 e maio de 2015.
Para acionar tecnicamente uma correção de preços, precisamos ter um fechamento abaixo do topo anterior: 52.260.
Pelo fato do Ibovespa estar longe da média móvel exponencial de 21 períodos e com redução de volume nos últimos pregões, este seria o caminho mais provável, com alvo em 51.370 ou mesmo 50.895 na primeira batida.
Zoom de dois meses. Clique para ampliar.
Bons negócios!
Wagner Caetano
Diretor da TopTraders e do Cartezyan
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